quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Em busca do Dropz de Rita Lee



Avisaram meio em cima, mas como dizia meu saudoso amigo Henrique Bartsch - autor de "Rita Lee mora ao lado" -, para maluquete não tem muito essa de tempo ruim... ao saber que a sessão de autógrafos de Dropz, o novo livro de vocês sabem quem, seria no dia 15/8, precisei driblar a crise que se abateu no panorâmico estado do Rio de Janeiro e dar um jeito de encarar uma viagem para São Paulo. Menos mal estar em greve, embora contando as moedinhas...

Fiquei próximo do local em que teríamos que chegar de madrugada, a fim de garantir as senhas... estava todo o mundo meio assustado com a experiência anterior, quando até os ETs resolveram sair de seus planetas para verem a Rita autografar a Autobiografia, de modo que os mais tarados não ousaram chegar depois das 7 da manhã, na gelada e chuvosa São Paulo.


Obviamente que eu estava entre eles, e depois de tentar sem sucesso um transporte, resolvi encarar a rua escura, pois segundo o google maps eu levaria uns 15 minutos de caminhada.
Sem nem saber onde era, saí perguntando e encontrei boas pessoas dispostas a me orientar, trabalhadores que já estavam de pé e bem simpáticos.
Quando entrei na 13 de maio, local da Saraiva Mega Mega, vi um povo sentado na calçada, juro que pensei serem moradores de rua, mas quando cheguei perto e vi a cara da moçada, logo saquei que ali estavam outros tarados como eu - eu -, que apesar de toda a taradice, pegaria a senha 19, também porque alguns à minha frente guardavam lugar para os fãs tardios, por isso, vi gente chegando mais tarde do que eu, ganhando numeração inferior a 10... Então, na Mega Mega Store às 6:30, eu estava entre os 20 primeiros.
Enquanto esperávamos teve de tudo: de gente perguntando se era entrega de currículo a noiado querendo saber se a Rita Lee estava lá. Vale ressaltar que todos fugiram do noiado, mas fiquei lá, firme e forte para dar a informação. Falei que só às 17:00 e ele prometeu voltar. Depois de ser cumprimentada por muitos fãs LEEgais e do bem da Rita, e até tirar foto com alguns e resistir por 2 horas e meia em pé, duas almas caridosas começaram a colocar a pulseirinha VIP em nossos pulsos, recomendando que voltássemos às 16:00. Pelo menos não teríamos que encarar duas filas - como foi na vez passada. 
Às 15:30 lá estava eu de novo, para entrar em outra filinha, dessa vez menor porque organizada pela numeração. A livraria estava abafada, mas quem se importava? Uma moça veio perguntar o nosso nome para o autógrafo, dessa vez fui bem comportada e o dei - da vez passada banquei a engraçadinha dizendo que não precisava, porque a Rita me conhecia,  a mulher da Livraria Cultura me olhou de cima a baixo e falou que ia seguir o protocolo. Por isso, como uma boa "menina", dei o nome e nem me importei com o fato de ela dizer que eu me chamava NoRRRRRRRma, como os paulistas falam. Mais duas horas e meia em pé, até que, por volta das 18:00, escutamos um AHHHHHHHHHEHHHHHHHHHHHHHHHHHUHHHHHHHHHHHH, exatamente, era a própria que chegava para a alegria de minhas retinas (e pés) tão fatigados, para quase parafrasear Drummond.

Não demorou muito e fomos entrando, depois de 5 horas em pé , nem estávamos aí, não havia cansaço, só aLEEgria. 
Ela estava linda, com seus carimbinhos de Elvis, James Dean e de um índio, com um sorriso sempre nos lábios. Também havia o brinde das balinhas e do marcador de livros (como podem ver na foto que o Fã Clube Oficial Rita Lee publicou). 
A besta aqui só esqueceu de dizer a ela que já tinha lido os 61 contos, mas lembrou de comentar que estava com SAUDADES. Ganhei um beijo (roubado) e ainda pedi para que ela olhasse para a câmera oficial, o que ela como boa descendente de Jó topou. Seguindo a canção da ídala - "toda a mulher se faz de coitada" ("Todas as mulheres do mundo"), na despedida falei que tinha chegado às seis e meia da matina. Ela olhou pra mim assustada (eu ainda consigo assustar a Rita??) e comentou: "E com esse frio!". E assim terminou a parte que me cabia nesse latifúndio, parafraseando João Cabral de Melo Neto. Morta de cansaço, - afinal só de fã de Rita Lee tenho 42 anos - voltei para os braços da minha doce e aconchegante cama e fiquei acompanhando os vídeos e fotos que a moçada postava. Aí vi os artistas que foram prestigiar a nossa ESCRITORA!
















O bom de ser celebridade que vai pegar o seu autógrafo é não ter nem um segurança atrás, apressando ou desconfiado do fã que ficou tantas horas na fila, esperando para ver a Rita, não é mesmo? E o segura ança  ainda pega carona na nossa foto. Eu, heim.

As oficiais ainda não saíram, as que foram publicadas aqui, com exceção da que tirei, vieram dos sites: Fuxico, Contigo e Quem. Aguardando para ver as nossas caras babonas no tal site da Editora Globo.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS DO NOVO LIVRO DE RITA LEE

Anunciado, hoje, que o novo livro da Rita, Dropz, terá sessão de autógrafos no próximo dia 15/8, às 17:00 h, na Livraria Saraiva do Shopping Paulista.


terça-feira, 1 de agosto de 2017

O STJ julga Rita Lee, quinta-feira, no caso do show de Aracaju. Eu estive lá e sei que ela não teve culpa!

"A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga, na quinta-feira, um recurso da cantora Rita Lee contra decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe que a condenou a pagar indenização de R$ 5 mil a um policial militar ofendido durante um show em Aracaju, em 28 de janeiro de 2012. São sete demandas semelhantes, movidas por 40 PMs - todas procedentes - obrigando a artista a pagar R$ 5 mil a cada um. Destas ações, só três chegaram ao STJ, onde já há uma decisão definitiva, mantendo a condenação.  O acórdão do caso já definido no STJ resume o rolo. "A artista xingou os policiais. Ela também questionou aos PMs se estavam procurando baseado e se queriam um para fumar no palco, além de ter dito ao público que todos poderiam fumar à vontade, pois os policiais não iriam prender ninguém." O acórdão complementa: "a apelante extrapolou seu direito de livre manifestação de pensamento, ofendendo gratuitamente os policiais militares que ali estavam legitimamente, exercendo uma função essencial do Estado". - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/07/colunas/espaco_vital/576820-o-bilionario-custo-do-legislativo.html)

Senhores Juízes, não foi bem assim! Republico o post da época. SEJAM JUSTOS.

Rita Lee em Aracaju, último show da turnê Etc. Amor dos fãs, truculência da polícia
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Eu, Fernanda, Leandro e Rodrigo, momentos antes do show:



Depois que a Estrela Rita anunciou que Aracaju seria o seu último show, eu e outros fãs não medimos esforços para assistir. Raspamos os cofrinhos, vendemos nossas calcinhas e cuecas e conseguimos, pagando a perder de vista, ir para Aracaju.

Desta forma que eu, Norma, do Rio de Janeiro, Fernanda, de São Paulo, Leandro, também do Rio e Rodrigo, de Florianópolis, chegamos em Sergipe, pois que para ver Rita Lee tudo vale a pena, nossa alma não é pequena, nosso sacrifício também não, em se tratando de presenciar o talento de RITA, não era a primeira vez que íamos num show da Rainha, mas seria a primeira que viveríamos uma situação de truculência policial ABSURDA.

Mas antes, tratemos do show. Tratemos do AMOR, do TALENTO, da MARAVILHOSA ATUAÇÂO de RITA LEE. E deixemos os antônimos destas palavras para a lamentável atuação da polícia militar de Aracaju e do governador daquele estado…

RITA LEE começou o show se apresentando para uma platéia enorme e calorosa, que a todo o momento gritava amá-la, que era uma honra ter o seu último show ali e muitas outras frases amorosas. Com aquela linda máscara, com a capa que costumava usar na década de 80, calça preta, blusa roxa escrito "Cabra macho" e meia luva preta, com brilhinhos.


O público estava calmo, embalado por suas canções. Não havia brigas, confusão de nenhum tipo. Mas mesmo assim, três policiais começaram a agredir uma pessoa no final da platéia. Rita parou o show e pediu que se retirassem, que não admitia isso no seu show, que qual era o problema, pois que se fosse devido aquela pessoa estar fumando um baseadinho, que não era necessário que a agredissem por causa disso e que se retirassem, pois o show era dela que estava ali para dar amor e alegria para as pessoas.

Foi o que bastou para, a partir desse momento, a polícia começar a afrontá-la e a intimidá-la, a ponto de ficarem de frente para Ela no show, encarando-a.

O que se vê nessa foto? Fãs felizes e a polícia no meio, de frente para o palco. Não teriam que estar de costas para a artista, observando a platéia? Por que estavam de frente para Ela? Vocês observam alguma briga, algum tumulto, alguém usando drogas?

 Mesmo que estivessem usando, não justificaria a truculência, a falta de respeito, o absurdo que relataremos aqui.

O show estava maravilhoso. Vi todas as Rita Lees, de todas as épocas no palco. Rita mutante, a dos anos 70, a da década de 80… a do bossa, a do 3001, a de agora. Pareciam se metamorfosearem na artista, através das danças, dos gestos. Era de emocionar. Era um prato cheio de sobremesa para quem já a vira desde o início, os deuses pareciam ter querido nos dar este presente, no show que ela anunciara como último.



Agradeceu a toda a sua equipe, aos fãs e disse que passava a batuta para o seu filho Beto Lee.

Rita comentou umas 3 vezes sobre o fato de a polícia não precisar estar ali, pois todos estavam pacíficos, se divertindo. Que ela desejava apenas um clima de paz, já que era seu último show. Não queria tristeza, nem violência. Mas a polícia não saía e aumentava cada vez mais.

 No momento em que cantava Doce Vampiro, inexplicavelmente, o batalhão de choque da PM veio para a grade e começou a nos tirar dali. Fernanda questionou "Por que isso?". O guarda me puxou pelo braço e eu falei: "Tá louco? Tira a mão de mim!". Ele me disse: "Sai, sai daqui já!", no que respondi: "Não vou sair, saiam vocês." Ele, então, levantou o cassetete e me empurrou. Vendo aquilo, Leandro disse: "Nós não estamos fazendo nada, somos fãs" e ele levantou o cassetete para agredi-lo. Fernanda foi atingida na mão e Rodrigo, no rosto. Um grupo de pms foi puxando o Leandro e fui atrás, gritando. Rita interrompeu o show imediatamente. Acenderam os holofotes na gente. Quem pôde, começou a filmar a agressão já levada ao ar pela televisão e disponível na internet, porém com fatos deturpados. Não me deixavam resgatar Leandro e o meu medo era de que  o levassem para longe de nós, sabe Deus  com que intenção. Rita, no palco, nos defendia, aflita, dizendo que a prendessem e que deixassem os seus fãs em paz. Perguntava o que eles buscavam e dizia só ter ali amor e alegria. Como ela não parava de criticá-los, eles me deixaram pegar o Leandro de volta, graças à Ela, que protege os seus fãs e o seu público. Pediu que a polícia prendesse os políticos corruptos e que deixassem o seu público em paz.

Ela continuou o show e, no final, em outra ação truculenta, a pm expulsou jornalistas, avisou aos fãs que a aguardavam que ela não receberia ninguém, pois seria presa. Imediatamente, todos sentaram e deitaram no chã a fim de impedir que saíssem com ela e foram retirados com brutalidade. Isso a imprensa não disse. Quando o carro dela saiu com ela, todos a aplaudiram, vaiando os policiais que cercavam seu carro, conduzindo-a para a delegacia.

Agradecemos à Heloísa Helena por ter ajudado, depondo na delegacia exatamente o que vira no show.

Depois ela foi liberada, vimos quando saiu. Ela está bem, não se preocupem. E que fique bem claro:

1. Ela NÃO fez apologia ao uso de drogas;

2. NÂO incitou a platéia contra a polícia, como disse o governador de lá;

3. NÃO desacatou a autoridade, o que falou ali, por exemplo: Querem fumar um baseadinho?, profere em todos os seus shows em tom de brincadeira. E falou para a prenderem, porque um guarda, da platéia, disse isso para ela, numa total falta de respeito.

Foi uma vergonha. O público de Sergipe a apoiou. Manifestações de apoio e de carinho dos fãs, da classe artística e do mundo. No vídeo, todos faziam sinal de PAZ E AMOR para a polícia…


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