quarta-feira, 24 de julho de 2019

Depois de 33 anos, Rita Lee lança novo livro infanto-juvenil: Amiga Ursa

Escrever para crianças e adolescentes não é novidade para Rita. Na verdade, o seu público, desde a década de 70, tem sido majoritariamente composto por essa faixa etária, porém mais relacionado às suas obras musicais. Após lançar, entre as décadas de 80/90, quatro livros da série Dr Alex pelas editoras Global (1986) e Melhoramentos (1988, 1990, 1992) , ela retoma a Literatura Infanto Juvenil, agora trazendo Masha, a ursinha russa resgatada de maus tratos, publicado pela editora Globinho. O sucesso de vendas desse mais recente livro dela foi tão grande, que precisou ser reimpresso três dias após sair da gráfica.

Desse modo, novamente a moçada de todo o Brasil se preparou tão logo foi anunciada a sessão de autógrafos dela, na Livraria Cultura, em 22/7. Dessa vez, além dos autógrafos, seríamos brindados por uma contação de estórias com a própria. O único lado ruim era que as senhas tinham sido reduzidas pela metade - 150, ao invés das 300 dos três anos anteriores, sendo que somente 100 teriam acesso ao teatro para ouvi-la falar da Ursinha, por isso, alguns decidiram garantir a entrada e chegaram na porta da Livraria ainda na noite do dia 21...
Cheguei antes do amanhecer e até à entrega das senhas, às 9:00, fiquei conversando, conhecendo, reencontrando vários outros admiradores da Rita. Pode parecer estranho para alguns, mas gosto muito dessa parte de fã, é muito rica de experiências e de afetos.
Foi assim que entrei em contato, entre outras pessoas lEEgais, com Helena, essa garotinha de 8 anos, que desde os 5 gosta da Rita. E se você pensa que ela é páreo, saiba que já leu a Autobiografia e outros livros da Espetacular Lee! A mãe dela me perguntou se eu poderia me responsabilizar por sua presença no palco para a contação, trocamos zap e segui com a feLEEzarda para o teatro.

A danadinha mal entrou subiu no palco e sentou próximo da maior cadeira ali colocada... exatamente, sentou do lado da Rita!

Descobrimos que aquele momento estaria no filme que será lançado baseado na Autobiografia dela e lá fui eu ligar para a mãe da fã mirim a fim de pegar as informações solicitadas.
Quando a Rita entrou, foi uma emoção imensa, todos disseram "Rita, eu te amo" e ela pôs a mão no coração. Revê-la na ribalta, atuando como "Vó Ritinha", que narrava a estória de Amiga Ursa e interagia com as crianças, respondendo o que perguntavam e levando a elas o amor e o respeito pelos animais, foi melhor que que ganhar sozinha na Mega Sena. 



As crianças que a rodeavam estavam tão animadas e felizes que, em dado momento, ela refletiu: "Acho que eu não vou conseguir contar..."

Olhem só quem estava toda sorridente do lado dela: Heleninha!

Ela perguntou a idade delas, se possuíam algum animalzinho... em um dado momento indagou quantos anos teria. Um menininho disse que ela aparentava 50. Rita fez um trejeito, mexeu nos cabelos, envaidecida. Luísa Mel, uma das personagens da estorinha, também participou da contação. E saibam que a fã Heleninha não fez feio, comentou, inclusive, que conhecia a outra personagem do  livro - Brigite Bardot - de outro livro. A Rita perguntou o nome e ela respondeu que era alguma coisa assim: "Mulheres empoderadas". De onde eu estava (fila H) - os lugares eram marcados - tinha visão privilegiada do palco.






Um dos convidadinhos perguntou se ela iria cantar... foi a deixa para que o teatro viesse abaixo no coro: "Canta! Canta!". Ela riu, divertida, e perguntou o que queriam. Os versos de Agora só falta você preencheram o espaço e foi aquele choro, inclusive dessa que vos escreve... Foi um momento único, tanto para os que não a viam cantar em palco desde 2012, como para os que nunca a viram. Ela passou o cristal Phantom para todas as crianças e perguntou se viam os fantasma dentro.

No final,  abraçou a criançada, uma por uma. E alguns gritavam da platéia: "Eu também quero!" Ela mandou: "Quantos anos você tem?"
A fila para a sessão já se formara com os outros 50 que não puderam estar no teatro. Muitos artistas foram prestigiá-la: Tom Zé, Sarah Oliveira, Baby do Brasil, Duo Anavitória, Fernanda Young, Marisa Orth, Manu Gavassi e Mel Lisboa, fora outros convidados vips, de modo que demorouuuuu. 





Somando as quatro horas e meia para pegar a senha, mais as três para o autógrafo, foram quase oito. 

Nesse meio tempo fiz até uma boa ação de levar um ceguinho a uma farmácia e de responder para ele que a Rita estava ali, tendo ele comentado: "Ela é mucho loca", autografei meu livro Ditadura no Brasil e censura nas canções de Rita Lee para alguns, incluindo a Heleninha - olha ela aí de novo!

Por volta das 20:00 pude vê-la, conversar... mal cheguei, ela falou: "Oiii", depois "E o livro?". Disse-lhe que tinha deixado com um funcionário para que entregasse a ela e ao Roberto. Falei que estava LINDA e ela "Tô é velha, se levanto dói, se sento, dói". Disse para ela descansar um pouquinho antes de retomar, que tinha levado um elefantinho por não achar uma ursinha e se fazia diferença... ela disse sorrindo "Nãooo!". Autografou meu Dr Alex, pois o original, do dia em que fui no lançamento em 1986, sumira... (Ainda levei um outro exemplar do ratinho defensor da natureza para a Bruninha do Maranhão).  Não ganhamos, (os primeiros que viraram últimos) os brindes que eram  umas máscaras lindas, mas ganhei o olhar carinhoso e vários sorrisos dela. Para mim, valem mais do que qualquer outra coisa nesse mundo.






Ela continua nos fazendo feLEEzes! Ah, Heleninha falou que vai ler meu livro e comentar comigo, ganhei mais uma amiga. E finalmente lembrei de olhar para a câmera (ufa!), as fotos oficiais ainda não foram disponibilizadas no site da Cultura, quando lá estiverem, voltarei para acrescentar mais. A família dela estava toda lá, incluindo o netinho.
Agora é só para a Heleninha: com a tua idade - 8 anos - eu não sabia ainda quem era Rita Lee, só com 11 e passei a encher a sacola da família para me levarem em algum show dela. Consegui assistir ao primeiro com 14 e falar com a Rita com 40. Você está bem na foto, vou te ver no cinema. Bjs.
Depois que finalizei esse post tive a péssima notícia da morte de Rowena, a ursa que inspirou a Rita a escrever esse livro. Sem palavras. Só espero que a causa pela qual a Rita luta seja, de fato, respeitada e valorizada de uma vez por todas. RESPEITO AOS ANIMAIS, ELES NÃO SÃO OBJETOS, TÊM SENTIMENTOS.
Hoje, uma semana depois do lançamento, eis que a Editora Globo disponibilizou as fotos e é sempre olhar para os cliques vendo aquele passar de gente emocionada perto dela! Vamos começar pelas das crianças, que, afinal, fizeram parte do espetáculo de forma especial dessa vez.
Ao lado das crianças, a velha geração de fãs, pessoas que foram comigo a vários shows, pegando estrada, entrando no camarim, não entrando, afetos e histórias representados nesses aqui, que já contaram muitas apresentações dela para outros fãs nesse espaço. Giba, Margarida e Rodrigo!


Agora alguns que não conheço, mas que me transmitiram a sua emoção e a alegria de estarem perto da Rita, algo que eu sempre quis fazer (e fiz): colocar próximo dela quem a amava. 
Confesso que não gosto muito de covers, nem da Rita, nem de outros artistas, mas essa menina foi no lançamento do meu livro Ditadura no Brasil e censura nas canções de Rita Lee com muita simpatia e respeito por mim e pela minha pesquisa. Mila.
Dois que representam a velha e a nova geração dos fãs da Rita: Maurício Pio Ruella, a Lenda, o Papa referência de dedicação séria à Rita e Bruna Lima, da terra da Alcione, que mas prefere a Rita. Também o Renan, não combinamos nada, mas sempre nos encontramos!!!!

E por falar em nova guarda, olhem a Helenina aí de novo!
E ele que tem concretizado os projetos mais lindos com a nossa Rita, Guilherme Samora.
Luísa Mell participando da contação.
Tom Zé, revivendo a Tropicália.  Baby, os herdeiros tropicalistas. E o delicioso reencontro do melhor Saia Justa que já houve (só faltou a Mônica Waldvogel), a da primeira e inesquecível formação.
Outra delícia de encontro foi o dela com suas colegas do Teenagers Singers, banda pioneira de meninas roqueiras do tradicional Liceu Pasteur da década de 60.

Finalmente lembrei de olhar para a câmera! É que eu só quero olhar pra ela desde os meus 11 anos... 💓

 E vocês pensam que esse aí dormiu na fila ou pegou senha pra entrar? 😁
Eita que o baú de fotografias da Livraria Cultura é sem fundo, colocaram mais umas 300 fotos do lançamento, por isso, segue a sessão 3 de clicks. A fila A da platéia com a presença de Roberto, filhos, noras e netos.

E no meio da estorinha contada... Heleninha (vem mais dela aí)


Esses abraços eu só tinha contado, agora dá pra mostrar

Esse garotinho com a camiseta da Tropicália ganhou o meu coração
Olhem quem está aguardando pra falar com a Rita! 
Divertindo-se horrores
Esse estava de pulseira vip
Eu nem parecia que tinha passado tantas horas em pé...


Pra encerrar, que todas as crianças, adolescentes, adultos, etc leiam esse livro, uma verdadeira denúncia contra a escravidão.



6 comentários:

  1. Respostas
    1. E difícil estragar algo que venha de Rita Lee. Beijos, amor.

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  2. A melhor narrativa que alguém pode ler sobre esse evento espetacular com a nossa Rita Lee. Obrigada por tudo isso, Norma ❤️

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    1. Ainda que sejamos a sociedade da imagem eu ainda escolho as palavras ou a interação. Obrigada, querida.

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  3. Leendas palavras Normitz, momentos únicos traduzidos por palavras que expressaram todos os sentimentos do dia...obrigado por sua amizade e carinho.... Bjs giba

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    1. Um presente bom que a Rita sempre me deu foi conhecer lindas pessoas como você.

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