Publiquei, ontem, no Grupo Rita Lee que administro no Facebook (quem quiser participar, https://www.facebook.com/groups/259144544208055/) uma foto de nossa Rita com o Toni Brandão, quando ela gravou a narrativa "Tutu, o menino índio". Ele ficou tão agradecido e saudoso deste encontro, ocorrido em 07/08/96, que me inspirou a escrever este post sobre a LEEgação profunda de nossa Ritinha com a causa indígena e isso não vem de hoje...
Se formos pesquisar encontraremos esta ligação na própria árvore genealógica dela, que apesar de ser filha de italiana com americano, possui descendência com os índios cherokee.
Além disso, em suas composições encontramos este leitmotiv, a letra mais conhecida é "Baila comigo", a qual, segundo ela, compôs quando estava grávida de seu segundo filho e foi gravada no álbum estouro de 1980, de nome Rita Lee, mas que ficou mais conhecido como "Lança Perfume", inclusive assim batizado pela turnê.
Nem sempre, entretanto, as relações dela com a temática indígena foram assim tão explicitadas. Cabe lembrar a ontológica capa do álbum "Entradas e Bandeiras", na qual ela surge como a indígena caçada pelos bandeirantes e adulada por um colar (posto em seu pescoço, paralelo ao papagaio, um símbolo importante nas narrativas orais nativas).
Há muitos outros exemplos, em suas crônicas, entrevistas, e em outras letras que não citei. Vamos pesquisando e acrescentando.
Muito bacana o seu post, Norma.
ResponderExcluirLembro de ter lido, nos 80, uma crítica à frase da Rita na canção "Baila Comigo" que você citou. Era uma espécie de repúdio a ela dizer que o índio viveria "num eterno domingo".
Mas, justiça poética seja feita, a compreensão da Rita quer me parecer, é a do espírito livre e desprendido dos índios em relação a esse cotidiano matador que a "Civilização" se impõe. Ela jamais faria alusão à dita "indolência dos silvícolas", apontada por G. Freire no Casa Grande & Senzala.